quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

REFLEXO 1.4

(Caspar Friedrich - O viajante sobre o mar de névoa -1818)


SUPONDO

E se eu dissesse que, como a ninguém, eu te amo?!
E te explicasse o grande sentido da vida?!
E te afirmasse que serias mais ouvida?!
E se eu te dissesse como de fato me chamo?!

Eu juraria não haver dores nem medos,
Se eu pudesse jurar. Não compraria flores.
Se eu pudesse falar ou findar os segredos,
Quem sabe se extinguissem os medos e as dores.

E se eu sofresse em todo o momento em que sofres?!
E se eu mais me esforçasse em servir-te, agradar-te...?!
E se eu te revelasse como abrir os meus cofres?!

E se eu te dissesse algo que nunca te disse?!
E provasse que penso em ti em toda parte?!
E que vivo supondo sobre ti?! E se...?!

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